• Quinta dos Bacelos – Rondulha - Estrada do Casal da Coxa, 18 - Vila Franca de Xira

  • (+351) 263 287 200 (chamada para a rede fixa nacional)

/fileuploads/Noticias/_guerracriancas.png
Como falar da guerra às crianças
É praticamente impossível escapar às notícias sobre a guerra na Ucrânia. Como devemos explicar o assunto às crianças e o que lhes devemos contar? Neste artigo, a psicóloga da ABEI dá algumas dicas para que os pais possam lidar melhor com esta realidade.

As notícias da atualidade têm tido como principal foco a guerra na Ucrânia. Como adultos, temos assistido a imagens que perduram na nossa mente e com as quais tentamos lidar de forma adaptativa às emoções que as mesmas despoletam. 
E as nossas crianças? Como será que percepcionam a realidade que se está a viver?

Para as crianças e jovens, a ideia de um conflito armado pode provocar diversas emoções negativas, como medo, tristeza, raiva… Neste sentido, apesar da tendência ser proteger a criança ou jovem destas informações menos positivas, temos de lhes dar espaço para os escutarmos e validarmos as suas emoções, ou seja, fazer com que se sintam ouvidos, compreendidos e obtenham uma resposta aos seus receios e medos. 
Será também importante filtrar algumas notícias e antever o impacto que poderão ter junto da criança ou jovem e, ainda, certificarmo-nos de que são fontes de informação fidedignas. 
Apesar de ser um assunto muito difícil, até para nós adultos, o facto de ignorarmos e nos remetermos ao silêncio para não abordarmos temas difíceis, pode aumentar ainda mais as emoções negativas como, exemplo, o medo. A criança deve perceber que o adulto está disponível para a ouvir e ajudar a compreender o assunto, gerando um sentimento de segurança e confiança. 
Nesta fase, é importante também reconhecer alguns sinais de alerta e identificá-los para se conseguir ajudar e, se necessário, intervir atempadamente. As crianças podem sentir-se mais ansiosas, assustadas e tristes, podendo exteriorizar algum medo, manifestado, por exemplo, através de birras ou medos em estar longe dos pais e adultos de referência. 
O padrão de sono, a existência de pesadelos e alterações comportamentais (maior agitação psicomotora, desafio de limites, apatia) no contexto escolar e/ou familiar podem também sofrer alterações significativas. É importante reconhecer estes sinais e verificar a sua duração no tempo e intensidade dos sintomas, avaliando a necessidade do recurso a apoio especializado. 

Em suma, algumas estratégias que podem ser adoptadas:
- Permitir à criança/jovem expressar os seus pensamentos e sentimentos: privilegiar as emoções da criança e ter uma postura de escuta ativa acerca das mesmas;
- Escutar e descobrir o que a criança/jovem já sabe: garantir que o acesso à informação se adequa à faixa etária da criança e transmitir informações corretas acerca da guerra.  Neste sentido, a adequação da linguagem e da informação à idade da criança é importante para garantir que está ao alcance da sua compreensão dos factos. 
- Assistir às notícias em conjunto com as crianças mais velhas e jovens: isto poderá fomentar o debate acerca dos acontecimentos mais recentes e esclarecer dúvidas e receios, no momento em que a criança assiste às notícias. Poderá ainda permitir a discussão de outras temáticas relevantes da atualidade para a criança/jovem e permitir uma reflexão acerca dos temas abordados junto do adulto.
- Motivar o comportamento pró-social: este tipo de situação apela à solidariedade e as crianças/jovens, ao saberem que podem ter um papel ativo em ajudar o próximo, poderão sentir-se úteis. Os adultos podem incentivar à doação de diversos materiais, roupas ou brinquedos de que a criança já não necessite, promover a angariação de bens alimentares, entre outros, como forma de sensibilizar para a adoção de comportamentos solidários pró-sociais, atitudes que, posteriormente, podem vir a ser aplicadas a outras situações. 
- Vigiar a Saúde Mental: monitorizar os sintomas descritos anteriormente. Reforçar junto da criança ou jovem a disponibilidade para o ajudar e a responder e desconstruir as suas dúvidas, emoções e sentimentos. Se os sintomas persistirem recomenda-se a procura de apoio especializado. 

 

Irina Crispim, Psicóloga

ABEI

Notícias Recentes

Convocatória Assembleia Geral Novembro 2023

Convocatória Assembleia Geral Novembro 2023

Convocam-se os associados da ABEI para a Assembleia Geral ordinária a realizar no dia 30 de novembro de 2023 pelas 18h30.
Comunicação e linguagem nas crianças

Comunicação e linguagem nas crianças

Sessão de Formação Parental abordou as questões da linguagem e da fala.
Comportamento Infantil

Comportamento Infantil

A segunda Sessão de Formação Parental da ABEI focou-se no comportamento das crianças.
GUIAR(TE), um guia de bolso para jovens ex-acolhidos

GUIAR(TE), um guia de bolso para jovens ex-acolhidos

Uma equipa das Casas de Acolhimento da ABEI participou na elaboração do manual GUIAR(TE), que está agora disponível em formato digital.
Convocatória Assembleia Geral

Convocatória Assembleia Geral

Convocam-se os associados da ABEI para a Assembleia Geral de 30 de maio de 2023, pelas 19h00, no Auditório da Quinta dos Bacelos.
Escola da ABEI ganha selo de boas práticas com projeto "Be Full"

Escola da ABEI ganha selo de boas práticas com projeto "Be Full"

As turmas do 1º Ciclo participaram na "Escola Amiga da Criança" com o projeto "Be Full", desenvolvido nas ACC´s, e ganharam o Selo de Boas Práticas como reconhecimento do bom trabalho.
Formação Parental sobre Desenvolvimento Infantil

Formação Parental sobre Desenvolvimento Infantil

A primeira sessão de Formação Parental na ABEI foi um sucesso e vão seguir-se mais. Aceda, neste artigo, a mais informação sobre o assunto.
ABEI no top 5 "Geração Depositrão"

ABEI no top 5 "Geração Depositrão"

Na 14ª edição do projeto Geração Depositrão, a ABEI conseguiu um lugar no top 5, o que valeu um prémio ao equipamento dos Bacelos.
Órgãos Sociais para o quadriénio 2023-26

Órgãos Sociais para o quadriénio 2023-26

Tomaram posse os Órgãos Sociais da ABEI para os próximos quatro anos.
Assembleia Geral e Tomada de Posse

Assembleia Geral e Tomada de Posse

Assembleia Geral e Tomada de Posse dos Órgãos Sociais para o quadriénio 2023/2026
Selo de Boas Práticas de Intervenção Social distingue ABEI

Selo de Boas Práticas de Intervenção Social distingue ABEI

A Escola da ABEI foi novamente distinguida com o “Selo de Boas Práticas de Intervenção Social”, da Plataforma Supraconcelhias da Grande Lisboa e Oeste da Rede Social, desta vez com o projeto Ecologia Interior +SER.
Assembleia Geral de Sócios

Assembleia Geral de Sócios

Convoca-se a Assembleia Geral de Sócios da ABEI para o dia 6 de dezembro, pelas 18h00, no Auditório da Quinta dos Bacelos.

Consulte a conovocatória, bem como a ordem de trabalhos, no documento em anexo.

Processo eleitoral na ABEI 

Processo eleitoral na ABEI 

Informam-se todos os associados que está aberto o processo eleitoral na ABEI.
<strong></strong>Dia Mundial de Combate ao Bullying 

Dia Mundial de Combate ao Bullying 

O Dia Mundial de Combate ao Bullying é uma data que pretende alertar as famílias e comunidade, concretamente a escolar, para um fenómeno presente na nossa sociedade. Além de alertar, é importante sabermos a que se refere e os sinais de alerta para a identificação precoce de situações de bullying e o que leva ao seu combate. 
Dia Mundial da Saúde Mental

Dia Mundial da Saúde Mental

A saúde mental tem ganho relevo e a sua importância tem vindo, cada vez mais, a ser valorizada. Contudo, ainda é necessário desmistificar alguns preconceitos, sendo o mais comum de que o psicólogo “é para malucos”!

Nada disso. Este dia serve para quebrar tabus e para dar a conhecer o papel de enorme importância dos profissionais de saúde mental, nomeadamente, o psicólogo.